sábado, 10 de julho de 2010

Ausencia.

Se a ausência ocupasse lugar, esta casa estava a transbordar pelas janelas e pela porta. Se ausência tivesse odor, o teu cheiro estava espalhado por toda a casa. 

Mas no meio de tudo não é a ausência que doí cá dentro, é apenas a indiferença, o desprezo e o esquecimento que se abateu sobre ti, é a tua falta de interesse, é a tua complacência de noticias minhas ou a pouca vontade de falar sobre nós. Mas as vezes quando tocamos o passado com breves lembranças, nas poucas vezes que baixas a guarda, sinto na tua voz a saudade e a nostalgia dos tempos que já foram nossos. E depois vem novamente os muros de pedra fria que tu levantas-te para te protegeres de mim ou dos meus sentimentos. É isso que doí, é isso que doí mais que tudo, é o tu fugires de mim e negares o que tanto eu como tu sabemos que existe.

Mas mais uma vez me deito e levanto dia após dia sem as respostas para todas estas minhas duvidas, que me matam

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